segunda-feira, 9 de junho de 2014

Timidez e o papel dos pais

Algumas crianças nascem com pre-disposição a serem tímidas, assim como outras têm predisposição para se tornarem hiperativas ou calmas. Mas, se uma criança com tal predisposição genética encontrar um ambiente propício para a timidez se desenvolver, isso certamente ocorrerá.

O psicoterapeuta Ruy Miranda aponta que o papel dos pais é decisivo neste processo e a timidez certamente desenvolverá se um ou ambos os pais: a) forem eles próprios tímidos – a percepção depreciada de si mesmo é transferida para o filho; b) forem muito agressivos – o filho passa a perceber os outros como potencialmente hostis; c) submeterem o filho a constantes críticas ou humilhações silenciosas ou públicas – a auto-estima do filho é comprometida; d) criem problemas familiares que causem vergonha – se o pai bebe ou leva uma vida desregrada a criança ou o jovem pode carregar esta vergonha como parte de sua vida; o mesmo problema ocorre com a separação dos pais; e) tiverem um comportamento frio – pais que não exprimem seus sentimentos não ajudam os filhos a desenvolver a percepção de confiança em si próprios.

Em suma, a timidez deve ser vista como um traço do temperamento, com tudo o que ele implica, isto é, algo estável presumivelmente herdado, que aparece cedo na vida de numa criança e que provavelmente determina o posterior desenvolvimento da personalidade, da emotividade e da conduta social. Mas, apesar do peso da hereditariedade, este traço do temperamento poderá ser atenuado ou reforçado pela conduta dos pais e pelas experiências vividas pela criança na infância.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Timidez

Confira a matéria: "Timidez não é doença, tudo depende dos pais": 
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/outros/domingo/timidez-nao-e-doenca-tudo-depende-dos-pais


sexta-feira, 6 de junho de 2014

Vídeo - Timidez e Autoestima

A auto estima da criança com dificuldade de aprendizado

Uma das principais missões de um professor é resgatar a auto-estima de seus alunos. Resgatar a auto-estima é fazer com que o aluno acredite na sua capacidade de aprender; na sua capacidade de enfrentar desafios; na sua capacidade de se esforçar e se disciplinar para a aprendizagem do novo. E isso se consegue reforçando os pontos fortes dos alunos, elogiando cada acerto, valorizando o esforço, dosando cuidadosamente os obstáculo que ele terá que enfrentar para aprender e, principalmente, oferecendo o prestígio do afeto a cada vez que o aluno dá um passo vencedor. Sentindo-se capaz e vitorioso, o aluno elevará sua auto-estima num círculo virtuoso que o fará perder o medo de aprender.

Crianças que possuem dificuldades de aprendizagem, na maioria das vezes, só recebem críticas dos professores e pais, o que acaba causando constrangimentos em sala de aula, comentários maldosos dos colegas e até castigos. Tal maneira de conduzir a situação, tanto vinda dos professores, como vinda dos pais, só aumentam as dificuldades da criança, pois além da real causa da dificuldade (que pode ser a nível pedagógico, psicológico ou cognitivo) ela terá mais essa situação aumentando seu bloqueio. Como mencionado, as dificuldades de aprendizagem podem ocorrer por diferentes motivos, e por isso é necessária uma avaliação profissional para encontrar a origem e tratar tal dificuldade.

É muito importante que a criança não seja confundida com sua dificuldade, o que infelizmente é bastante comum. Quando uma criança apresenta tais dificuldades, ela passa a ocupar o papel de problemática, de burra, de ovelha negra, entre outros. Com todos esses rótulos fica difícil superar qualquer coisa e ter uma alta autoestima. Com isso, ela acaba se tornando o rótulo, e nem ela e nem os adultos percebem que ela é muito mais do que aquela dificuldade apresentada. Não percebem que esse é apenas um aspecto dela, e que inclusive pode ser tratado e melhorado. Enxergar os pontos fortes e positivos da criança e reconhecê-la, ajuda a mesma a também se enxergar como tendo qualidades e talentos. Isso a ajudará a desenvolver a segurança exposta anteriormente e a fazer com que sua autoestima possa ser elevada, o que pode dar mais força em seu tratamento e/ou esforço para que consiga vencer suas dificuldades de aprendizagem.

Fontes: http://www.apoiopsicologico.psc.br/autoestima-nas-criancas-que-possuem-dificuldades-de-aprendizagem/ e http://www.fundacaolamf.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=26&Itemid=42

Tirinha

Como e por quê a timidez "surge"


A timidez também se aprende, ela não nasce como parte integrante de uma personalidade, uma vez que a quase totalidade das personalidades são fabricadas. A criança tímida, mesmo que tenha temperamento contrário, aprendeu a ser assim. Trata-se de mais um comportamento pré-fabricado, dentre tantos que existem para rotular, categorizar, coreografar, identificar, controlar, os indivíduos. Sim, a timidez também se torna um identificador de indivíduos. É a mesma coisa que outros rótulos, tais como, medroso, ou corajoso, culto, popular, extrovertido, e assim por diante. 


Ninguém nasce medroso ou corajoso, extrovertido ou introvertido, uma vez que os potenciais inconscientes inatos, ou idiossincrasias, precisam de estímulos externos para se tornarem atributos atuantes, visíveis, de uma personalidade. Todos, por exemplo, têm o potencial de falar bem, inclusive em público, desde que sejam treinados adequadamente. Alguns o conseguem com maior facilidade, outros precisam de maior incentivo, e nos dois casos, o temperamento atua como potencializador, como complemento, mas nunca como fator único, determinante. 



O Temperamento é uma predisposição inata na genética somática e psicológica que atua como coadjuvante no desenvolvimento do comportamento. Influi mas não é uma caixa determinista. Nesse caso, a força da mesologia tem mais peso. Uma criança pode ter o temperamento pacato, ou tímido, mas a força mesológica pode mudar isso. Do mesmo modo, outra criança extrovertida por predisposição natural, pode se tornar tímida, se não tiver seus atributos adequadamente desenvolvidos pela mesma mesologia onde está inserida. Oportunamente falaremos sobre o temperamento, sua natureza, os fatores, seus desdobramentos e importância na origem dos hábitos comportamentais. 



Uma criança recatada por temperamento pode ser tornar extrovertida por comportamento, e a mesma regra vale para alguém que seja extrovertido e o seu inverso. O Condicionamento externo acabará por direcionar o comportamento desse jovem. Veja, por exemplo, os casos de pessoas que a despeito de sua postura pacata, quando são submetidos à força da sugestão, mudam para a agressividade, e vice-versa. 



As predisposições inatas de cada um estão adormecidas no inconsciente, e podem ou não ser ativadas, potencializadas, e tudo isso irá depender do treinamento intenso em forma de condicionamento que se recebe do meio onde se vive, e isso irá modular sua personalidade racional. Comportamento é instrução, conhecimento, sugestão de uso. Temperamento é instinto, é o potencial para alguns processos psicossomáticos, mas, que para se manifestar e assumir sua condição de postura lúcida, precisa de estímulos. Frustração, por exemplo, é um sentimento que surge quando uma característica do temperamento foi anulada pela força do condicionamento, ou influência direta do meio. 

Fonte: http://sitededicas.ne10.uol.com.br/ed_integral_criancas_a_timidez.htm